A UFAL, Universidade Federal de Alagoas, informou, neste domingo, que conseguiu identificar um navio que poderia ser o responsável pelo vazamento de óleo no litoral nordestino. O nome do navio e a sua bandeira não foram divulgados, mas o responsável não é nenhum dos cinco apontados pela marinha como principais suspeitos pelo crime ambiental.
O cargueiro responsável pelo derramamento teria saído da Ásia, em direção a África. Humberto Barbosa, coordenador do laboratório de análise e processamentos de imagens de satélites, confirmou que os dados coletados serão levados para o Senado Federal no próximo dia 21, quando haverá uma audiência pública da comissão que está investigando o caso.
Seguindo imagens via satélite, o Lápis foi identificando o caminho percorrido pelo óleo cru, e assim foi possível identificar o primeiro suspeito. A partir de novas imagens, o laboratório rastreia todos os navios tanques, que tinham como carga óleo cru, nas datas em que passaram por regiões próximas à costa do nordeste. Neste período, 111 navios passaram pela região com este tipo de carga. Entre essas 111 embarcações, apenas uma apresentava indícios de ter sofrido algum incidente durante a viagem, que poderia justificar o grande vazamento de óleo que afetou o país. Segundo as informações, o navio costuma sair de países asiáticos até a Venezuela, passando pela África do Sul.
Normalmente, a embarcação faz o trajeto com o transpônder ligado, no entanto, no período de julho a agosto, a embarcação não fez isso, violando o direito marítimo internacional. A imagem usada para esta descoberta já havia sido descartada pelos oficiais da marinha, que acreditaram que se tratava de algas e não de óleo. Sobre as novas provas, nada foi divulgado oficialmente.
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